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domingo, 24 de março de 2013

Homilia do Santo Padre Francisco na Santa Missa do Domingo de ramos e paixão do Senhor.

Por Felipe Viana 

Fotos da Celebração. Click Aqui
     1. Jesus entra em Jerusalém. A multidão dos discípulos acompanha-O em festa, os mantos são estendidos diante d’Ele, fala-se dos prodígios que realizou, ergue-se um grito de louvor: «Bendito seja o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!» (Lc 19, 38).
    Multidão, festa, louvor, bênção, paz: respira-se um clima de alegria. Jesus despertou tantas esperanças no coração, especialmente das pessoas humildes, simples, pobres, abandonadas, pessoas que não contam aos olhos do mundo. Soube compreender as misérias humanas, mostrou o rosto misericordioso de Deus e inclinou-Se para curar o corpo e a alma.
Assim é Jesus. Assim é o seu coração, que nos vê a todos, que vê as nossas enfermidades, os nossos pecados. Grande é o amor de Jesus! E entra em Jerusalém assim com este amor que nos vê a todos. É um espectáculo lindo: cheio de luz – a luz do amor de Jesus, do amor do seu coração –, de alegria, de festa.
    No início da Missa, também nós o reproduzimos. Agitámos os nossos ramos de palmeira. Também nós acolhemos Jesus; também nós manifestamos a alegria de O acompanhar, de O sentir perto de nós, presente em nós e no nosso meio, como um amigo, como um irmão, mas também como rei, isto é, como farol luminoso da nossa vida. Jesus é Deus, mas desceu a caminhar connosco como nosso amigo, como nosso irmão; e aqui nos ilumina ao longo do caminho. E assim hoje O acolhemos. E aqui temos a primeira palavra que vos queria dizer: alegria! Nunca sejais homens e mulheres tristes: um cristão não o pode ser jamais! Nunca vos deixeis invadir pelo desânimo! A nossa alegria não nasce do facto de possuirmos muitas coisas, mas de termos encontrado uma Pessoa: Jesus, que está no meio de nós; nasce do facto de sabermos que, com Ele, nunca estamos sozinhos, mesmo nos momentos difíceis, mesmo quando o caminho da vida é confrontado com problemas e obstáculos que parecem insuperáveis… e há tantos! E nestes momentos vem o inimigo, vem o diabo, muitas vezes disfarçado de anjo, e insidiosamente nos diz a sua palavra. Não o escuteis! Sigamos Jesus!. Nós acompanhamos, seguimos Jesus, mas sobretudo sabemos que Ele nos acompanha e nos carrega aos seus ombros: aqui está a nossa alegria, a esperança que devemos levar a este nosso mundo. E, por favor, não deixeis que vos roubem a esperança! Não deixeis roubar a esperança… aquela que nos dá Jesus!
     2. Segunda palavra. Para que entra Jesus em Jerusalém? Ou talvez melhor: Como entra Jesus em Jerusalém? A multidão aclama-O como Rei. E Ele não Se opõe, não a manda calar (cf. Lc 19, 39-40). Mas, que tipo de Rei seria Jesus? Vejamo-Lo… Monta um jumentinho, não tem uma corte como séquito, nem está rodeado de um exército como símbolo de força. Quem O acolhe são pessoas humildes, simples, que possuem um sentido para ver em Jesus algo mais; têm o sentido da fé que diz: Este é o Salvador. Jesus não entra na Cidade Santa, para receber as honras reservadas aos reis terrenos, a quem tem poder, a quem domina; entra para ser flagelado, insultado e ultrajado, como preanuncia Isaías na Primeira Leitura (cf. Is 50, 6); entra para receber uma coroa de espinhos, uma cana, um manto de púrpura (a sua realeza será objecto de ludíbrio); entra para subir ao Calvário carregado com um madeiro. E aqui temos a segunda palavra: Cruz. Jesus entra em Jerusalém para morrer na Cruz. E é precisamente aqui que refulge o seu ser Rei segundo Deus: o seu trono real é o madeiro da Cruz! Vem-me à mente aquilo que Bento XVI dizia aos Cardeais: Vós sois príncipes, mas de um Rei crucificado. Tal é o trono de Jesus. Jesus toma-o sobre Si… Porquê a Cruz? Porque Jesus toma sobre Si o mal, a sujeira, o pecado do mundo, incluindo o nosso pecado, o pecado de todos nós, e lava-o; lava-o com o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus. Olhemos ao nosso redor… Tantas feridas infligidas pelo mal à humanidade: guerras, violências, conflitos económicos que atingem quem é mais fraco, sede de dinheiro, que depois ninguém pode levar consigo, terá de o deixar. A minha avó dizia-nos (éramos nós meninos): a mortalha não tem bolsos. Amor ao dinheiro, poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e contra a criação! E também – como bem o sabe e conhece cada um de nós - os nossos pecados pessoais: as faltas de amor e respeito para com Deus, com o próximo e com a criação inteira. E na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus, vence-o, derrota-o na sua ressurreição. Este é o bem que Jesus realiza por todos nós sobre o trono da Cruz.
     Abraçada com amor, a cruz de Cristo nunca leva à tristeza, mas à alegria, à alegria de sermos salvos e de realizarmos um bocadinho daquilo que Ele fez no dia da sua morte.
     3. Hoje, nesta Praça, há tantos jovens. Desde há 28 anos que o Domingo de Ramos é a Jornada da Juventude! E aqui aparece a terceira palavra: jovens! Queridos jovens, vi-vos quando entráveis em procissão; imagino-vos fazendo festa ao redor de Jesus, agitando os ramos de oliveira; imagino-vos gritando o seu nome e expressando a vossa alegria por estardes com Ele! Vós tendes um parte importante na festa da fé! Vós trazeis-nos a alegria da fé e dizeis-nos que devemos viver a fé com um coração jovem, sempre : um coração jovem, mesmo aos setenta, oitenta anos! Coração jovem! Com Cristo, o coração nunca envelhece. Entretanto todos sabemos – e bem o sabeis vós – que o Rei que seguimos e nos acompanha, é muito especial: é um Rei que ama até à cruz e nos ensina a servir, a amar. E vós não tendes vergonha da sua Cruz; antes, abraçai-la, porque compreendestes que é no dom de si, no dom de si, no sair de si mesmo, que se alcança a verdadeira alegria e que com o amor de Deus Ele venceu o mal. Vós levais a Cruz peregrina por todos os continentes, pelas estradas do mundo. Levai-la, correspondendo ao convite de Jesus: «Ide e fazei discípulos entre as nações» (cf. Mt 28, 19), que é o tema da Jornada da Juventude deste ano. Levai-la para dizer a todos que, na cruz, Jesus abateu o muro da inimizade, que separa os homens e os povos, e trouxe a reconciliação e a paz. Queridos amigos, na esteira do Beato João Paulo II e de Bento XVI, também eu, desde hoje, me ponho a caminho convosco. Já estamos perto da próxima etapa desta grande peregrinação da Cruz. Olho com alegria para o próximo mês de Julho, no Rio de Janeiro. Vinde! Encontramo-nos naquela grande cidade do Brasil! Preparai-vos bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades, para que o referido Encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro. Os jovens devem dizer ao mundo: é bom seguir Jesus; é bom andar com Jesus; é boa a mensagem de Jesus; é bom sair de nós mesmos para levar Jesus às periferias do mundo e da existência. Três palavras: alegria, cruz, jovens.
     Peçamos a intercessão da Virgem Maria. Que Ela nos ensine a alegria do encontro com Cristo, o amor com que O devemos contemplar ao pé da cruz, o entusiasmo do coração jovem com que O devemos seguir nesta Semana Santa e por toda a nossa vida. Assim seja.

Fonte: Boletim Diário da Santa Sé 

sábado, 23 de março de 2013

Papa Francisco encontra-se com o Papa Emérito Bento XVI

Por Felipe Viana 

     O Papa Francisco encontrou-se neste sábado, 23, pela primeira vez com seu predecessor, o Papa Emérito, Bento XVI, em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma. Ao meio-dia, Francisco se dirigiu de helicóptero à pequena cidade para o encontro com o Papa Emérito onde almoçaram juntos num fato sem precedentes na história da Igreja.
Papa Francisco encontra-se com Bento XVI
     Após um voo de 20 minutos o Papa Francisco aterrissou no heliporto das Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo e foi acolhido pelo Papa Emérito Bento XVI. Presentes também o Bispo de Albano, Dom Marcello Semeraro e Saverio Petrillo, Diretor das Vilas Pontifícias e Dom Georg Gänswein. Papa Francisco e Bento XVI utilizaram o mesmo automóvel para chegar até a Residência Pontifícia.  
    Segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, o helicóptero papal aterrissou às 12h15, hora de Roma. O Santo Padre estava acompanhado pelo Substituto da Secretaria de Estado, Dom Becciu, por Mons. Sapienza e por Mons. Alfred Xuereb.
papas em oração

    Logo após a aterrissagem, Bento XVI se aproximou do Papa Francisco e o acolheu com um “belíssimo” abraço, disse Pe. Lombardi. Na Residência Apostólica os dois protagonistas deste histórico encontro foram até o apartamento e imediatamente à capela para um momento de oração.
 Na capela, o Papa emérito ofereceu o lugar de honra a Papa Francisco, mas esse disse: “Somos irmãos”, e pediu que se ajoelhassem juntos no mesmo banco, contou Pe. Lombardi. Após um breve momento de oração, se dirigiram para a Biblioteca privada, e por volta das 12h30, teve início o encontro reservado que durou cerca de 45 minutos.
   Padre Lombardi destacou ainda que o Papa Emérito estava vestindo uma simples batina branca, sem faixa e sem capa. Já o Papa Francisco vestia uma batina branca com faixa e capa papal.
  Padre Lombardi disse também que Papa Francisco presenteou Bento XVI com um ícone de Nossa Senhora da Humildade. “Esta Nossa Senhora é a da Humildade, e eu pensei no senhor e quis dar-lhe um presente pelos muitos exemplos de humildade que nos deu durante o seu Pontificado”, explicou Papa Francisco a Bento XVI.
    Desde o dia 28 de fevereiro, Bento XVI reside neste local, onde acompanhou a eleição do Cardeal Bergoglio como Sumo Pontífice, e aguarda o fim das reformas no mosteiro Mater Ecclesiae dentro do Vaticano.

  Papa Francisco, nos seus discursos, tem manifestado palavras de afeto a Bento XVI, chamando-o, seguidamente de “meu Predecessor, o querido e venerado Papa Bento XVI”.
     Já na sua primeira aparição no balcão central da Basílica de São Pedro disse “Rezemos pelo nosso Bispo Emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e a Virgem Maria o proteja”.
     Após o almoço Papa Francisco retornou ao Vaticano.
   Estes dois Papas marcarão para sempre a História da Igreja e, para além de tantas outras razões e afirmações, há duas que os unirão para sempre. Uma dita em Latim pelo Papa Bento XVI a outra dita em italiano pelo Papa Francisco. Uma de coragem e humildade dita pelo Papa alemão, a outra de agradecimento e oração dita pelo Papa argentino. Ouçamos e guardemos no nosso álbum de memórias…(R.S.)

Fonte: Radio Vaticano e Canção nova Noticias 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Papa Francisco e Bento XVI se encontram amanhã

Por Felipe Viana


         O Papa Francisco encontra-se neste sábado, 23, pela primeira vez com seu predecessor, o Papa emérito, Bento XVI, em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma. Ao meio-dia Francisco se dirige de helicóptero a pequena cidade para o encontro com o Papa emérito onde almoçarão juntos num fato sem precedentes na história da Igreja.
         Desde o dia 28 de fevereiro, Bento XVI reside no local, onde acompanhou a eleição do cardeal Bergoglio como Sumo Pontífice, e aguarda o fim das reformas no mosteiro Mater Ecclesiae dentro do Vaticano.
     O boletim 'Vatican Insider', do jornal italiano 'La Stampa', o arcebispo Georg Ganswein terá um papel fundamental no encontro visto acumular as funções de secretario particular do Papa emérito e na cúria romana junto ao Papa Francisco. Fontes do boletim afirmam que "ninguém sabe que protocolo seguir", pois "não há precedentes".
         Não se sabe ainda ao certo como será o encontro, mas espera-se que seja um momento fraterno entre Bento XVI e Francisco que sempre tem se pronunciado até agora com palavras de afeto ao antecessor, a quem chama de "querido e venerado papa Bento XVI". (Jefferson Souza)

Fonte: Portal Ecclesia

Francisco celebra missa para jardineiros e pessoal da limpeza urbana

Por Felipe Viana 


     O Papa Francisco   celebrou nesta sexta-feira, 22 de março, uma missa para os jardineiros do Vaticano e os trabalhadores que se encarregam da limpeza na praça de São Pedro.
    O diretor da sala de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, adiantou que o novo Pontífice falou de improviso perante cerca de 30 profissionais e foi depois sentar-se num dos últimos bancos da capela da Casa de Santa Marta.
     "Se tivermos o coração fechado, se tivermos coração de pedra, as pedras chegam-nos às mãos e estamos prontos para atirá-las", disse Francisco, em sua homilia.
   Luciano Cecchetti, responsável pelo serviço de jardinagem e limpeza urbana, comentou a sensação de estar diante do Papa, participando de uma missa celebrada por ele.
     "Para nós, é algo que não acontece todos os dias. Eu me virava e via os rostos dos funcionários que saíram um pouco todos com os olhos brilhando. Foi uma Missa muito simples, em contato direto com quem há poucos dias foi eleito Pontífice. Agradecemos tanto a ele... especialmente quando nos cumprimentou no final: fomos apresentados um a um, e para cada um de nós houve uma palavra. O que disse disse a todos nós foi 'rezem por mim'", contou o funcionário.
     Padre Lombardi revelou que o Papa celebrou na quinta-feira, 21, uma missa para os trabalhadores da Casa de Santa Marta, onde reside desde o conclave que se iniciou no dia 12 deste mês. "É uma maneira de se encontrar com pessoas que dificilmente poderá ver depois", disse.


Fonte: Canção Nova Notícias

quinta-feira, 21 de março de 2013

O Papa Francisco celebrará a Missa da Ceia do Senhor de Quinta-Feira Santa, dia 28, no Instituto Penal para Menores de Casal del Marmo em Roma

Por Felipe Viana 

     Esta manhã a Santa Sé informou através de comunicado que o Papa Francisco celebrará a Missa da Ceia do Senhor de Quinta-Feira Santa, dia 28, no Instituto Penal para Menores de Casal del Marmo em Roma pelas 17.30h. O comunicado informa ainda que, sendo esta celebração um memorial da Última Ceia de Jesus é caracterizada pelo anúncio do Mandamento do Amor e do gesto do Lava-Pés. Enquanto Arcebispo de Buenos Aires o então Cardeal Bergoglio usava celebrar esta missa numa prisão, num hospital ou numa casa de acolhimento de pessoas pobres e marginalizadas. Com a celebração do Instituto Penal de Casal del Marmo o Papa Francisco mantêm este hábito caracterizado de enorme simplicidade.     
     Entretanto, as celebrações pascais da Semana Santa decorrerão normalmente como oportunamente noticiaremos com maior pormenor. Para já, podemos informar que no início do Tríduo Pascal o Papa Francisco na manhã de Quinta-Feira Santa, dia 28, celebrará na Basílica de São Pedro a tradicional Missa Crismal.

Fonte> Rádio Vaticano 

3 mil anglicanos ingressarão na Igreja Católica durante a Páscoa

Por Felipe Viana 

     Nas dioceses da Inglaterra e Gales, 3 mil adultos estão participando dos ritos de iniciação que os levarão ao batismo ou à plena incorporação na Igreja Católica nos dias de Páscoa.
     Esta cifra é 12% menor que em 2012, quando ingressaram 415 adultos a mais que este ano na fé católica. Em 2011, ano da visita do Papa ao Reino Unido, foram 3.943 os adultos ingleses (e galeses) que se tornaram católicos.
     Todas estas cifras não incluem as pessoas de tradição anglicana que ingressam na Igreja Católica através do Ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham, presidido pelo ordinário Keith Newton, ex-bispo anglicano que mantém elementos da liturgia anglicana dentro da Igreja Católica.
     Em 2012, o Ordinariato cresceu com a incorporação de 200 adultos, e em 2011, com 796. Ainda não se conhecem os dados exatos das novas entradas para a Páscoa. A Escócia, que tem a sua própria Conferência Episcopal, não está incluída em nenhuma destas cifras.

Fonte: Rádio Vaticano

Imagens da Entronização do arcebispo de Canterbury Justin Welby

Por Felipe Viana 


















Mensagem de S.S Francisco ao arcebispo de Canterbury Justin Welby pela cerimônia de Entronização

Por Felipe Viana 

Para o Reverendo e honorável direito
Justin Welby
Arcebispo de Cantuária

"Graça e paz vos sejam multiplicadas" ( 1 Pe 1:2 b)

     Agradeço as amáveis ​​palavras contidas na sua mensagem para mim, para a minha eleição, e desejo em vez de oferecer minhas saudações e os melhores votos por ocasião da sua entronização na Catedral de Canterbury.
     O ministério pastoral é um chamado para caminhar na fidelidade ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Tenha certeza das minhas orações como você tirar as suas novas responsabilidades, e peço que orem por mim como eu responder à chamada nova que o Senhor me dirigiu.
Estou ansioso para conhecê-lo em um futuro próximo, e para continuar as boas relações fraternas que os nossos antecessores gostava.
Cidade do Vaticano, 18 março de 2013
FRANCIS

Fonte: Boletim Diário da Santa Sé 
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